Guerra dos Hulks

É o título é imbecil, mas combina perfeitamente com o nível intelectual da história. E desta vez nem podemos culpar o Loeb, já que as histórias contidas em Hulk Anual (a primeira) são escrita por até alguns nomes consagrados, que resolveram aproveitar-se da situação insana que tomou conta das páginas de Universo Marvel e dar sua versão de confrontos entre heróis marvel hulkificados. É isso aí! Vamos a elas:


Thor VS Homem-Aranha (Kieron Gillen /Jorge Molina/ Paul Pelletier e Ronan Cliquet)

Transformados em versões grotescas e – não sei o porquê – acerebradas dos nossos já conhecidos heróis, Thor e Homem-Aranha se propõem a deter os soldados Hulks que invadiram Whashington. Contudo, o Peter-Hulk resolve de última hora fazer uma visitinha no museu em busca de uma lembrança perdida de seu passado. Deixado sozinho, Thor não gosta nada da deserção e resolve dar uma lição no amigão da vizinhança. E assim, no meio do quebra-pau dos dois, lembranças do passado chegam aos leitores em forma de flashback. O aranha recorda-se do bullying que sofreu de um outro nerdão em sua visita ao museu, já Thor remoe às vezes em que foi enganado e deixado para trás pelo seu traiçoeiro irmão, Loki. Com o tempo, a história vai sendo levada para um lado ainda mais desconcertante, com o Mjolnir negando ser erguido pelo Thor Hulkificado e o Aranha se enfezando com os soldados que indiscriminadamente resolvem destruir as peças do Museu. Uma inevitável união dos dois acontece e a história acaba assim, sem o menor sentido, do mesmo jeito que começou.

Ciclope VS Homem de Gelo (Crris Eliopoulos/ Patrick Scherberger & Scott Collins)

Dois X-Men fundadores de temperamento bem diferentes e que nunca se deram bem tem a oportunidade (leia-se desculpa) de resolver as diferenças pessoais com a redução tremenda de intelecto. Ciclope sempre considerou as brincadeiras de Bob abusivas demais. O Homem de Gelo nunca suportou o jeitão escoteiro de Scott. As lembranças dos dois se misturam com as desavenças do passado. Mas em algum momento, descobrimos algumas justificativas do comportamento de Bobby e como isso faz Scott mudar de atitude com ele naquela época. Não que isso tenha amenizado o comportamento infantil de Drake. Nem naquela época e nem hoje.

Wolverine VS Capitão América (Paul Tobin/Jacopo Camagni/Ig Huara / Iban Coello)

Misturar Logan e Bucky na mesma história é pedir para ter sempre um daqueles retcons tirados da mangá, que algumas vezes é brilhante e outras vezes não faz diferença alguma. Essa história é um exemplo do último caso. Aqui, o Wolverine Hulkficado mal consegue falar, mas lembra bem agora de uma situação do passado em que acabou sendo torturado indiretamente pelas mãos do Soldado Invernal. Tomado pela raiva insana, chegou a vez de aproveitar a situação e descontar tudo. A luta se estende por várias páginas, paralela a mais uma trama do Wolverine na sua esquecida época como espião da Guerra Fria. No fim, Wolverine se satisfaz com a surra que dá no ex-parceiro do Capitão América, e diz que perdoa tudo o que ele fez anteriormente.

Nova Onda VS Máquina de Combate (Brian Clevinger/Guri Hiru)

História curta! Rápida de ler! Divertida, provavelmente por isso. No mesmo teor de humor da Nova Onda, temos uma irritadiça Monica Rambeau Hulkificada arrebentando a cara do Máquina de Combate, mas na verdade relembrando episódios passados em que quase quis matar seus próprios membros de equipe. No final, ela acaba se metendo no meio da confusões com outros heróis, entra num quebra-pau com o sobrinho favorito da Tia Petúnia e tudo isso desemboca na briga do...

Coisa VS Tocha Humana (Brian Clevinger/Guri Hiru)
Bom, o que há de novo aqui? Ben e Johnny se engalfinhando de uma maneira que quase põe o Edifício Baxter a baixo? Ah, sim. Desta vez eles estão hulkificados. Ou seja, o estrago tende a ser maior.

Heróis Hulkificados – Com Hulkpool (Jeff Parker/Humberto Ramos)

Essa é talvez a única história realmente ligada com a saga em si. Se você quer saber que fim levou a jornada do Deadpool desde a última edição de Universo Marvel, então você é bobo (que nem eu) e tem que comprar essa edição. Tudo segue a partir da idéia estaparfúdia do Hulkpool de que ele deve voltar ao passado e matar o Deadpool. É, é por aí mesmo que segue a história. Para tal intento, o Hulkpool e o Bob (o ex-agente da Hidra, que virou da IMA) vão atrás da Máquina do Tempo que foi escondida pela Thundra e o Hulk Vermelho algum tempo atrás e a aciona de qualquer jeito para mandar o Monstrão para... o período das Grandes Navegações?

Sim, lá ele dá de cara com o Coisa bancando um Barba Negra bem naquela antiga história do Quarteto Fantástico. E isso é só o começo já que a criatura resolve insistir em sua missão e indo parar em lugares inusitados como o velho oeste americano e topando com personagens até um tanto esquecidos como o Dinossauro Demônio. E a medida que vai passando por cada linha temporal, o Hulkpool vai modificando a história da Marvel e até mesmo mudando as origens de alguns heróis. Dá pra imaginar o Coisa como fundador dos EUA? Ou o Bob se surgindo como “o Criador”? Pois é...

A história termina com o Hulkpool tentando dar uma lição de vida sem sentido algum para seu alterego Deadpool, mas acho que os leitores preferem a personalidade instável e insana do anti-herói. Por fim, ele resolve voltar para ajudar o Rulk. Ou seja, esperem em breve por ele nas páginas de Universo Marvel mais uma vez.