Vingadores Sombrios: A Queda do Rei

É o fim de uma época tenebrosa na Casa das Idéias, mas cheia de boas histórias de qualidade ímpar. O Reinado Sombrio acabou, junto está levando uma das melhores revistas da Panini em sua 18° edição, e vocês podem acompanhar aqui a última edição dos Vingadores Sombrios, que destinará o status quo desses vilões que por mais de um ano foram os grandes destaques da Marvel.

A história começa na Ilha Ryker, na penitenciária de supervilões conhecida com A Balsa, lugar onde começará também no futuro o programa Thunderbolts. Norman Osborn acaba de chegar, mas não mais comandante. Ele está sendo escoltado por Thor e Homem de Ferro como prisioneiro. Steve Rogers o recebe e diz que ele será o único prisioneiro do nível sete. Osborn nada fala.

Voltamos no tempo para o momento em que os heróis acabam de vencer. Norman é jogado ao chão desacordado, com a cara pintada de verde simulando seu antigo alterego insano. Nesse momento, Karla e Lester vêem que realmente perderam e tentam uma fuga sem muito sucesso. É a última vez que eles sujaram o nome da Ms. Marvel e Gavião Arqueiro. A Srta Hand olha tudo assustada, se apresenta e exige um advogado. Steve diz que já sabe bem quem ela é.

Noutro lugar, Daken consegue armar um belo plano para fugir do exército. Primeiro, mata um dos soldados e rouba seu uniforme. Engana os demais, rouba um veículo militar e ainda os atrasa com granadas. Com um sorrisinho de canto, ele pega a estrada mostrando que realmente sempre foi o mais independente dos Vingadores Sombrios.

Em outro momento, na Torre dos Vingadores, Thor se encontra com Nick Fury e o jovem Fóbos. O Deus do Trovão entrega o elmo e machado de batalha de Ares para o filho e pergunta se ele deseja ir para o Novo Olimpo. O menino prefere ficar e continuar a lutar na Terra, o que é uma resposta mais que satisfatória pra o filho de Odin. Ele parte deixando o menino com Fury. Fóbos lamenta não poder ter ido e tentando salvar o pai. Nick o acalenta dizendo que nada adiantaria, mas que todos pagarão agora.

Então, voltamos para os dias atuais, quando Victoria Hand tem uma audiência com o Capitão América. Ele afirma que ela era a única daquele grupo mundano que não se encaixa e pergunta o porquê de ela ficar. Hand diz ter sido tapeada por Norman no começo, mas que depois que viu onde tinha se metido tentou ajudar as coisas por dentro. Contudo, ela admite que falhou. Steve fica satisfeito com a conversa e diz que ela deve aguardar pela missão que ele lhe dará. Ela arregala os olhos e mal acredita no que ouviu.

E enfim, temos o encarceramento de Norman. Ele reclama que teria conseguido tudo se “ele” não o atrapalhasse sempre. Norman insiste que seu plano estava certo, que esse mundo cheio de heróis é uma bomba relógio prestes a explodir se não for controlado. E ele teria conseguido tudo, mas “ele” sempre fica no seu caminho. Então, vemos uma versão de relance uma versão demoníaca do Duende a sua frente. Ela brinca com a situação em um instante, e depois apenas não está lá. Norman está sozinho na sala mais uma vez, mas não deixa de escutar o gargalhar do seu alterego.

Bom, encerra-se assim o melhor título da Marvel dos últimos anos. Foi uma revista com seu tempo certo, mas que ninguém queria que acabasse. Nem mesmo Brian Michael Bendis, cuja carta no final faz altos elogios ao seu parceiro Mike Deodato Jr, que arrasou nos desenhos, e ao gatilho desta sua idéia, o escritor Warren Ellis, que podemos dizer que fundamentou a base para os Vingadores Sombrios.

Bom, é uma pena, ficaremos órfãos desta revistas, mas a Panini já anunciou desde o Marvel Day quem a substituirá. Vem aí: Capitão América e os Vingadores Secretos.